Traducen libro de Báez al portugués
Destruição de livros é tema de novo estudo
Folha de S. Paulo - 13/5/2006 - por Luís Augusto Fischer
Lula, não faz muito, no calor da empolgação com Tiradentes, sugeriu que os historiadores começassem a pensar no dito mártir não como um inconfidente mas como um revolucionário. E assim, em uma frase (provavelmente soprada por assessor), o presidente expôs sua profunda ignorância acerca do tanto que já se discutiu e se discute em torno do único enforcado da Inconfidência. Lula talvez não seja propriamente um inimigo dos livros, mas está mais uma vez provado que amigo também não é. Sua atuação a respeito desse incomparável instrumento da civilização certamente não é tão nefasta quanto a de Bush, que ao liderar o invasão ao Iraque deu ensejo talvez à pior destruição de livros jamais sonhada na experiência humana. No exato local em que, há uns 6.000 anos, algum homem começou a escrever em suporte estável -a antiga Mesopotâmia, atual Iraque-, não faz muito o Exército norte-americano foi negligente com a preservação de milhões de itens de bibliotecas e museus, entre tabletas, papiros, pergaminhos, livros e outros testemunhos, deixando à sanha de ladrões locais e internacionais elementos que, no rigor da frase, não têm preço. Bush é acusado diretamente desse crime no desfecho de um dos mais impressionantes livros da atualidade: História Universal da Destruição dos Livros (Ediouro, 438 pp., R$ 49,90, trad. Léo Schlafman) de Fernando Báez, pesquisado ao longo de 12 anos por Fernando Báez, venezuelano, erudito tradutor do grego, especialista em história das bibliotecas e consultor da Unesco, que visitou Bagdá em 2003 e pôde lamentar ao vivo o horror ali perpetrado sob os negligentes olhos dos soldados imperiais. O livro vale cada uma das 438 páginas da edição brasileira, que vem no rastro de um sucesso mundial, que nos EUA foi acompanhado do estouro de outra obra sua, "A Destruição Cultural do Iraque".
Folha de S. Paulo - 13/5/2006 - por Luís Augusto Fischer
Lula, não faz muito, no calor da empolgação com Tiradentes, sugeriu que os historiadores começassem a pensar no dito mártir não como um inconfidente mas como um revolucionário. E assim, em uma frase (provavelmente soprada por assessor), o presidente expôs sua profunda ignorância acerca do tanto que já se discutiu e se discute em torno do único enforcado da Inconfidência. Lula talvez não seja propriamente um inimigo dos livros, mas está mais uma vez provado que amigo também não é. Sua atuação a respeito desse incomparável instrumento da civilização certamente não é tão nefasta quanto a de Bush, que ao liderar o invasão ao Iraque deu ensejo talvez à pior destruição de livros jamais sonhada na experiência humana. No exato local em que, há uns 6.000 anos, algum homem começou a escrever em suporte estável -a antiga Mesopotâmia, atual Iraque-, não faz muito o Exército norte-americano foi negligente com a preservação de milhões de itens de bibliotecas e museus, entre tabletas, papiros, pergaminhos, livros e outros testemunhos, deixando à sanha de ladrões locais e internacionais elementos que, no rigor da frase, não têm preço. Bush é acusado diretamente desse crime no desfecho de um dos mais impressionantes livros da atualidade: História Universal da Destruição dos Livros (Ediouro, 438 pp., R$ 49,90, trad. Léo Schlafman) de Fernando Báez, pesquisado ao longo de 12 anos por Fernando Báez, venezuelano, erudito tradutor do grego, especialista em história das bibliotecas e consultor da Unesco, que visitou Bagdá em 2003 e pôde lamentar ao vivo o horror ali perpetrado sob os negligentes olhos dos soldados imperiais. O livro vale cada uma das 438 páginas da edição brasileira, que vem no rastro de um sucesso mundial, que nos EUA foi acompanhado do estouro de outra obra sua, "A Destruição Cultural do Iraque".
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